Prestação da casa volta a baixar para novos mínimos em todos os créditos
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Os créditos revistos em Abril beneficiam de quedas de encargos entre 0,47% e 4,9%.
Os encargos dos portugueses com o crédito à habitação não param de baixar. Quem revir a taxa de juro do empréstimo da casa no próximo mês, volta a sentir um alívio da prestação, independentemente do indexante. As descidas variam entre 0,7% e 4,9%.
A pequena parcela de famílias com créditos associados à Euribor a 12 meses é a que vai sentir o maior alívio. Nesses casos, o corte de 4,9% reflecte-se numa redução de 17 euros no valor da prestação que se fixa nos 331,61 euros a partir de Abril. Cálculos que assumem o cenário de um crédito de 100 mil euros com um prazo de 30 anos e um ‘spread' de 1%. No caso dos empréstimos associados à Euribor a seis meses, partindo do mesmo cenário, os encargos mensais encolhem em 1,4%, com a nova prestação a fixar-se em 326,16 euros. Ou seja, menos 4,75 euros do que o que pagaram ao longo dos últimos seis meses. Já as famílias com crédito indexado à Euribor a três meses são as que sentem a menor quebra de encargos. A partir de Abril beneficiam de um corte de 2,44 euros (-0,7%), com a prestação a fixar-se em 322,93 euros durante os próximos três meses.
As prestações da casa fixam assim novos mínimos históricos, acompanhando a evolução das Euribor. Um movimento que se intensificou desde que em Setembro do ano passado o Banco Central Europeu colocou o juro de referência da zona euro no nível historicamente baixo de 0,05%.
A Euribor a três meses negoceia mesmo já aquém deste valor, nos 0,021%, aproximando-se dos 0%. Uma aproximação que tem suscitado a expectativa em relação à forma como os bancos irão calcular o valor da prestação caso a Euribor atinja valores inferiores a zero. Com base no comportamento dos contratos de Forward Rate Agreement (FRA), tudo indica que a Euribor a três meses possa atingir os 0% no final deste ano e que em Março de 2016 se fixem em -0,005%, para retomar então um percurso ascendente, mas lento. Em teoria, caso a Euribor assuma um valor negativo, a taxa de juro total do crédito seria descontada no valor do ‘spread', o que em termos práticos significaria que os bancos perderiam parte da sua margem de lucro associada ao crédito.
Para fazer face a esse potencial cenário, os bancos estão a definir novas regras para os seus contratos. O Millennium bcp, o Montepio e o Santander Totta já anunciaram que uma eventual taxa Euribor negativa será sempre arredondada para zero. Nesse caso, estes bancos apenas aplicarão aos clientes a taxa referente ao ‘spread'. O Banco de Portugal afirmou recentemente ao Diário Económico que "está a acompanhar a evolução das taxas de referência Euribor", acrescentando estar "igualmente a analisar o impacto desta evolução quer no equilíbrio das relações entre os clientes e os bancos, quer na rentabilidade das instituições financeiras na óptica da estabilidade financeira", mas entretanto não deu mais nenhuma indicação relativamente ao tema.
A pequena parcela de famílias com créditos associados à Euribor a 12 meses é a que vai sentir o maior alívio. Nesses casos, o corte de 4,9% reflecte-se numa redução de 17 euros no valor da prestação que se fixa nos 331,61 euros a partir de Abril. Cálculos que assumem o cenário de um crédito de 100 mil euros com um prazo de 30 anos e um ‘spread' de 1%. No caso dos empréstimos associados à Euribor a seis meses, partindo do mesmo cenário, os encargos mensais encolhem em 1,4%, com a nova prestação a fixar-se em 326,16 euros. Ou seja, menos 4,75 euros do que o que pagaram ao longo dos últimos seis meses. Já as famílias com crédito indexado à Euribor a três meses são as que sentem a menor quebra de encargos. A partir de Abril beneficiam de um corte de 2,44 euros (-0,7%), com a prestação a fixar-se em 322,93 euros durante os próximos três meses.
As prestações da casa fixam assim novos mínimos históricos, acompanhando a evolução das Euribor. Um movimento que se intensificou desde que em Setembro do ano passado o Banco Central Europeu colocou o juro de referência da zona euro no nível historicamente baixo de 0,05%.
A Euribor a três meses negoceia mesmo já aquém deste valor, nos 0,021%, aproximando-se dos 0%. Uma aproximação que tem suscitado a expectativa em relação à forma como os bancos irão calcular o valor da prestação caso a Euribor atinja valores inferiores a zero. Com base no comportamento dos contratos de Forward Rate Agreement (FRA), tudo indica que a Euribor a três meses possa atingir os 0% no final deste ano e que em Março de 2016 se fixem em -0,005%, para retomar então um percurso ascendente, mas lento. Em teoria, caso a Euribor assuma um valor negativo, a taxa de juro total do crédito seria descontada no valor do ‘spread', o que em termos práticos significaria que os bancos perderiam parte da sua margem de lucro associada ao crédito.
Para fazer face a esse potencial cenário, os bancos estão a definir novas regras para os seus contratos. O Millennium bcp, o Montepio e o Santander Totta já anunciaram que uma eventual taxa Euribor negativa será sempre arredondada para zero. Nesse caso, estes bancos apenas aplicarão aos clientes a taxa referente ao ‘spread'. O Banco de Portugal afirmou recentemente ao Diário Económico que "está a acompanhar a evolução das taxas de referência Euribor", acrescentando estar "igualmente a analisar o impacto desta evolução quer no equilíbrio das relações entre os clientes e os bancos, quer na rentabilidade das instituições financeiras na óptica da estabilidade financeira", mas entretanto não deu mais nenhuma indicação relativamente ao tema.
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