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Jorge Garcia, Especialista em Imobiliário

Em tempos de boas novas, também os “velhos do Restelo” se fazem ouvir!

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Os sites de oferta imobiliária transformaram o negócio imobiliário. Do lado da procura, clientes mais informados e conscientes dos seus direitos enquanto consumidores, alteraram substancialmente o lado da oferta e as cadeias de valor desses sectores de actividade.

Quando vivemos um momento único em Portugal no que refere à procura turística e imobiliária, se atingem record´s na captação de investimento estrangeiro, as vozes dos “velhos do Restelo” fazem-se ouvir. O “velho do Restelo” personagem camoniana da obra “Lusíadas”, representou nos vários momentos da nossa história, as vozes que se opõem aos novos tempos. 

Também nos mercados turístico e imobiliário e em outros sectores de actividade da sua cadeia de valor, “velhos do Restelo” reagem às novas dinâmicas que possam colocar em causa o “establishment” instituído. Nas últimas décadas, as pesquisas e reservas “online” transformaram o negócio hoteleiro e das agências de viagens. Os sites de oferta imobiliária transformaram o negócio imobiliário. Do lado da procura, clientes mais informados e conscientes dos seus direitos enquanto consumidores, alteraram substancialmente o lado da oferta e as cadeias de valor desses sectores de actividade. Tal como na epopeia dos descobrimentos, quanto as naus de Vasco da Gama se despediam do porto de Belém, o “Velho do Restelo” elevava a sua voz manifestando a sua oposição às viagens, também a cada momento de mudança novos “velhos do Restelo” reagem. Em finais da década de 90, os “velhos do Restelo” da mediação imobiliária “opuseram-se” à chegada das redes de franquia imobiliária utilizando os canais de comunicação das associações sócio – profissionais do sector, pagos por todos os seus associados, para denegrir e caluniar publicamente os novos empreendedores que se propunham implementar e expandir novas metodologias e sistemas de trabalho decalcadas dos modelos de negócio de mercados mais maduros e desenvolvidos como o norte-americano, canadiano e sul-africano. Quase 20 anos depois, a resposta está aí, dada pelo consumidor. Mais formação profissional, mais tecnologia, mais profissionalismo, maior relação de confiança, mais SERVIÇO, transformaram o mercado da mediação imobiliária. 

Hoje esse modelo de negócio baseado e focado no SERVIÇO AO CLIENTE é transversal a todo o sector de actividade, aplicado pelas redes imobiliárias que agora lideram o mercado residencial em número de transacções e pela larga maioria dos restantes operadores. Também a APEMIP, é hoje uma associação representativa de todos os profissionais e empresas do mercado imobiliário e são visíveis os frutos do excelente trabalho realizado nos últimos anos na promoção da oferta imobiliária portuguesa nos mercados internacionais e da cooperação com os nossos parceiros lusófonos através da CIMLOP. 

Os novos tempos no mercado imobiliário vieram para ficar e quem ganhou com isso foram os consumidores.
Recentemente em outros sectores de actividade, as vozes dos “Velhos do Restelo” pretendem impor aos consumidores, a velha receita da regulação feita por medida. Arriscar-me –ia a replicar os resultados de uma pesquisa informal que fazemos a todos aqueles que nos visitam, na certeza de que os resultados de um estudo de mercado com base numa amostra representativa, pecaria por defeito. Quais as coisas que menos lhe agradaram na sua experiência de férias em Lisboa? No topo das respostas, o serviço de táxi. A exemplo de outras actividades económicas, uma regulação feita à medida, com base no pagamento de um alvará para o exercício da actividade tem conduzido a uma utilização abusiva dessa licença de operação. Como se o pagamento de uma dada quantia, conferisse apenas direitos e não deveres. E quanto ao consumidor? Todos os dias chegam-nos através de diversas fontes, estabelecimentos hoteleiros, proprietários e gestores de alojamento local, restaurantes e bares, agências imobiliárias, relatos de “casos de polícia” que alimentariam uma programação exclusiva de 24 horas em qualquer estação de televisão sensacionalista. 

Qual a única lógica que não está subjacente a todas as recentes polémicas; SERVIÇO. A manutenção de um monopólio corporativo e subsidiação, são as únicas propostas de solução para os problemas de quem está do lado da OFERTA.
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Date: 16/4/2024
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