Bancos confirmam maior procura de empréstimos para habitação e consumo
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Maioria dos bancos refere descidas de spreads nos empréstimos às empresas.
A maioria das instituições inquiridas pelo Banco de Portugal sobre a evolução do mercado de crédito dá conta de um aumento da procura por parte dos particulares de empréstimos para habitação e um aumento ligeiro da procura de empréstimos para consumo, no terceiro trimestre do corrente ano.
De acordo com as conclusões do inquérito aos cinco maiores grupos a operar no país, divulgado esta terça-feira, a procura de novos empréstimos por parte das empresas estabilizou, embora algumas instituições tenham indicado ligeiros aumentos da procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte das PME e nas maturidades mais longas. O aumento da procura terá sido motivado principalmente por maiores necessidades de financiamento de existências e fundo de maneio e pelo nível geral das taxas de juro.
Para o último trimestre deste ano, “algumas instituições antecipam um aumento ligeiro da procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte das empresas, com particular enfoque nos empréstimos a PME e de longo prazo. Para o mesmo período, no segmento dos particulares, a generalidade das instituições também perspectiva um aumento da procura”.
Em termos de condições gerais dos empréstimos a conceder, as instituições não antecipam alterações nos critérios de concessão de crédito ao sector privado, admitindo mesmo que possa ocorrer em alguns casos “uma ligeira redução da restritividade, especialmente nos empréstimos a PME e nos empréstimos a longo prazo, bem como nos empréstimos a particulares”.
Relativamente ao terceiro trimestre, os bancos reportaram “alguma estabilidade nos critérios de concessão de empréstimos ao sector privado”, e algumas referiram que “a percepção dos riscos com a situação económica geral e a pressão exercida por outras instituições bancárias contribuíram para reduzir ligeiramente o nível de restritividade”.
Relativamente aos termos e condições aplicados nos contratos de crédito a empresas, a generalidade dos bancos indicou uma redução dos spreads aplicados nos empréstimos de risco médio, quer a PME, quer a grandes empresas.
Também no que diz respeito ao crédito a particulares, algumas instituições reportaram uma ligeira redução dos spreads nos empréstimos para aquisição de habitação e nos empréstimos para consumo.
Todas as instituições referiram que a concorrência entre instituições foi o factor que influenciou a redução dos spreads, mas algumas também destacaram” a percepção mais favorável dos riscos associados à situação e perspectivas económicas gerais e específicas do mercado da habitação” e ainda que o custo de financiamento e restrições de balanço terão contribuído para uma menor restritividade dos critérios aplicados nos empréstimos para aquisição de habitação.
No segmento do consumo, a situação e perspectivas económicas gerais e o custo de financiamento e restrições de balanço foram apontados por apenas duas instituições como tendo contribuído ligeiramente para a redução da restritividade.
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