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Retalho e escritórios dão gás ao investimento imobiliário em Portugal

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Estudo revela que o retalho e os escritórios foram responsáveis por 68% do investimento imobiliário comercial registado em 2018.
O setor do retalho registou o melhor desempenho, naquele que foi o melhor ano de sempre em termos de investimento em imobiliário comercial, tendo angariado 1,4 mil milhões de euros. Os dados são do estudo de mercado WMARKET’19 da consultora imobiliária Worx, que avalia a evolução de cada uma das áreas do setor.

O WMARKET’19 dá a conhecer o desempenho do mercado imobiliário em 2018 e prevê as principais tendências para este ano. O estudo contou com o contributo de João Cristina, diretor da Merlin Properties em Portugal; Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal; e Jorge Salvador Gonçalves, sócio da Garrigues.

Em 2018, “o volume de investimento atingiu o recorde nacional de aproximadamente 3,2 mil milhões de euros transacionados”, destaca Pedro Rutkowski, CEO da Worx. Em 2019 a tendência é “otimista e reveladora do crescente clima atrativo que Portugal tem demonstrado”.

O estudo revela que o retalho e os escritórios foram responsáveis por 68% do investimento imobiliário comercial registado em 2018. A consultora refere que o este setor esteve “em alta” depois de ter angariado 1,4 mil milhões de euros do total de investimento, face aos 742 milhões do ano de 2017, em grande parte devido aos elevados montantes conseguidos com as transações dos centros comerciais e retail parks“.

Quanto às rendas, os analistas preveem que estas continuem a subir, já que não existem perspetivas de criação de oferta relevante em 2019.

Destaque para a promoção de projetos com contratos de pré-arrendamento associados que irão “manter-se como uma grande tendência”. João Cristina, diretor da Merlin Properties em Portugal, comenta no WMARKET’19 que “um stock obsoleto, pouco eficiente, juntamente com um pipeline limitado e uma crescente pressão da procura, está a aumentar os arrendamentos de escritórios. A Expo e a Central Business District [Avenida da Liberdade, Marquês de Pombal, Avenida Fontes Pereira de Melo e Saldanha] (…) devem ver as suas rendas aumentarem constantemente a curto e médio prazo, com o efeito de transbordamento, provavelmente a afetar positivamente o restante das áreas de escritórios de Lisboa”.

Reformulação dos centros comerciais

O estudo prevê um foco na modernização dos espaços de restauração dos centros comerciais assim como um aumento das suas áreas de cultura e lazer. “O desafio do segmento de retalho passará, em grande parte, por satisfazer as necessidades dos consumidores portugueses tradicionalmente ávidos de shopping centers que procuram a inovação no modo de fazer compras”, apontam os analistas, referindo-se por exemplo à utilização de plataformas online.

Ainda ontem, a Merlin Properties, dona de propriedades como o centro comercial Almada Fórum e o edifício Monumental, em Lisboa, anunciou que pretende reforçar a sua carteira de ativos nos próximos anos, através de uma maior exposição ao mercado português.

Consolidação do turismo de luxo

Os resultados da análise revelam que Portugal irá continuar a afirmar-se no mercado turístico. A abertura de 22 unidades hoteleiras nas categorias de três, quatro e cinco estrelas comprovaram a vitalidade e o dinamismo do setor em 2018. E, segundo dados da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), só neste ano abrirão 65 novos hotéis, a maioria de quatro e cinco estrelas.

Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, afirma que “nunca o turismo foi tão dinâmico e teve tanto impacto na economia nacional como hoje. Representa 13,7% do PIB nacional, é o maior exportador de serviços do país (50,1%) e estamos a crescer em todo o território. (…) Para 2019, o objetivo é continuar a crescer em valor e criar as condições necessárias para que os turistas queiram permanecer mais tempo, conheçam mais o território e tenham experiências que os façam regressar, não só para visitar como para viver, investir e criar empresas”.

SIGI a regular o investimento imobiliário

De acordo com o estudo, espera-se que a introdução das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) tenham impacto no capital que entra em Portugal, no equilíbrio no mercado de arrendamento, protejam os investidores e dinamizem o mercado de capitais.

“Este ano, o mercado de investimento tradicional irá empreender caminho e alargar o seu leque de ativos a outros usos”, conclui o presidente executivo da Worx.
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Data: 26/4/2024
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