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Jorge Garcia, Especialista em Imobiliário

Do lado de cá do Atlântico, o clima está esquentando no Sul

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No Brasil o clima empresarial no mercado imobiliário e o clima meteorológico estão quentes, particularmente a Sul. Num alinhamento perfeito com as novidades no mercado imobiliário, este ano as temperaturas no Sul do Brasil estão particularmente altas.
No Brasil o clima empresarial no mercado imobiliário e o clima meteorológico estão quentes, particularmente a Sul.Num alinhamento perfeito com as novidades no mercado imobiliário, este ano as temperaturas no Sul do Brasil estão particularmente altas.

Num périplo que começou em S. Paulo, passou por Curitiba e Porto Alegre e terminou em Florianopolis, conversei com inúmeros quadros técnicos e empresários portugueses do setor imobiliário, todos eles com enormes expetativas e vontade de partilhar as suas enriquecedoras experiências profissionais com os seus homólogos brasileiros. É numa conjuntura económica favorável que os principais operadores do mercado imobiliário se vão posicionando. Citando Claudio Bernardes, presidente do SECOVI (Sindicato da Habitação)- S. Paulo, em 2012 o crescimento do volume de vendas no mercado imobiliário deve ser bem próximo à expansão da economia brasileira, ou seja entre 3,5 e 4% maior que o registado em 2011. Essa deverá ser a tendência futura, a variação anual do mercado imobiliário deverá ficar próxima do desempenho do PIB. Em relação aos últimos anos, a partir de 2012 iremos assistir a um novo ciclo no mercado imobiliário brasileiro, com crescimento mais baixo mas sustentado. Também de acordo com as principais instituições financeiras, no que delas depender, o mercado imobiliário continuará a crescer por via de maior volume de crédito concedido a empresas e particulares. Claro que sobre a economia brasileira recaem algumas ameaças circunstanciais, particularmente sobre um dos seus pilares fundamentais, o setor da indústria transformadora.

Entre 2008 e 2011, a balança comercial deste setor estratégico, passou de uma posição de equilíbrio para um déficit de 43 bilhões de dólares. Numa manifestação conjunta sem precedentes, associações patronais e centrais sindicais iniciaram em Porto Alegre um movimento de protesto que irá percorrer outras cidades do País, contra os juros altos, a elevada carga tributária, o câmbio excessivamente valorizado e a invasão de produtos importados que competem deslealmente com a produção nacional.

Mas deste lado do atlântico, respira-se confiança no futuro. Também em Porto Alegre, no passado mês de Março, com a participação de mais de 200 consultores (corretores) imobiliários se realizou o evento “ corretor global” que debateu a importância de atuar globalmente neste mercado. Segundo a REDIMOB entidade organizadora, o objetivo da realização destes eventos é a valorização e a formação profissional dos agentes que operam no mercado da mediação (corretagem) imobiliária.

Vítor Patacas, vice presidente da FIABCI e da APEMIP, foi um dos oradores internacionais convidados, tendo abordado na sua apresentação, a importância do trabalho em rede e da tecnologia, numa profissão cada vez mais global. Por sua vez, a UCI Brasil iniciou oficialmente a sua operação através de uma parceria com o grupo brasileiro Província, presente no mercado de concessão e administração de crédito imobiliário há mais de 40 anos. Nesta primeira fase, A UCI inicia a sua atividade em 11 cidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Também a Sul no Estado de Santa Catarina, encontra-se sediada a ERA Brasil. Depois da bem - sucedida internacionalização desta marca de franquia imobiliária de origem norte-americana em outros Países, a ERA iniciou já a sua expansão no mercado da mediação (corretagem) imobiliária, devendo as primeiras agências imobiliárias ERA Brasil, abrir ainda no decorrer do primeiro semestre deste ano. No 3º andar do principal edifício de escritórios de Florianopolis, vive-se intensamente cada momento.

Enquanto isso, um recente “post” de José Adelino Maltez na rede social “facebook”, recordava-nos uma sábia e profética adjetivação de Francisco Lucas Pires in “ Uma constituição para Portugal”, acerca do momento que aí se vive. Na vida pública e nas empresas, vivemos hoje sob a égide do materialismo do caracol. Um materialismo protagonizado por funcionários - caracóis, escudados nos seus dogmas e relatórios EXEL que ontem justificavam a economia virtual e hoje a prática da agiotagem e que se mostram ao Sol com duas antenas, uma para evitar os ‘maus’ terrenos e outra para não perder o ‘contacto” com o poder. Pobres dos caracóis ainda não perceberam que também eles, quando chegar a sua vez, irão acabar na panela.
Comentário
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Data: 19/4/2024
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