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Imobiliário entre os primeiros a “ressurgir das cinzas”

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À semelhança do que “aconteceu num passado recente, com a recuperação da crise financeira que nos abalou fortemente até 2013 e onde o sector imobiliário logo em 2014 foi dos primeiros a retomar, seguido de todos os outros sectores da economia, até à recuperação do País como um todo”, recordou.
No médio-longo prazo e acima de tudo na “Era Pós-Covid19”, Hugo Santos Ferreira, vice-presidente executivo da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), acredita que o mercado imobiliário nacional pode “vir a ser dos primeiros sectores capazes de se superar, ressurgir das cinzas e reerguer-se novamente, trazendo depois a reboque todos os demais”.

À semelhança do que “aconteceu num passado recente, com a recuperação da crise financeira que nos abalou fortemente até 2013 e onde o sector imobiliário logo em 2014 foi dos primeiros a retomar, seguido de todos os outros sectores da economia, até à recuperação do País como um todo”, recordou.

Muito embora considere que a “melhor e mais honesta resposta a estas questões”, neste momento de ainda grandes dúvidas quanto à própria evolução do vírus, seja a “de alguma incerteza quanto ao futuro do nosso mercado e da economia mundial”, a verdade é que, na sua opinião, “caso as previsões de recuperação desta pandemia não se alterem substancialmente e não tenhamos de viver com esta situação de paralisação muito mais que o esperado, não se prevê (à excepção da quebra do turismo) que os restantes “fundamentals” do mercado imobiliário nacional sofram uma mudança radical, uma quebra abrupta ou mesmo desapareçam, sendo por isso que acreditamos que, no médio-longo prazo, o mercado imobiliário continue a ser atractivo”. Esta tem sido a mensagem, aliás, que os investidores pan-europeus e internacionais tem feito chegar à APPII.

Contudo, no curto prazo, o efeito negativo que o Covid-19 vai ter no mercado imobiliário será uma “dura realidade”. Hugo Santos Ferreira defende que “o Governo tudo deve fazer para ajudar e mitigar, em prol da manutenção de um sector que pode vir a contribuir naquilo que a todos já preocupa em Portugal, na Europa e no mundo, que é a recuperação económica pós-Covid19”.

Mas, para isso acontecer, defende, “é preciso não deixar este sector à sua sorte, deixando algumas empresas menos bem preparadas ou de menor dimensão morrer (em virtude de uma quebra contextual, que causará um forte estrangulamento nas suas tesourarias), abandonadas por um Estado que as parece ter esquecido, uma vez que a maioria das medidas de combate criadas a não lhes são dirigidas ou mesmo as de aplicação geral não se lhes aplicam, por inadequação”.

Acontece que, apesar de as preocupações serem agora de curto-prazo, a verdade é que, em prol do bem comum e da nossa economia no futuro, não podemos esquecer as repercussões que esta paralisação vai causar a médio-longo prazo nas empresas e por consequência nos postos de trabalho e na carteira de milhões de portugueses no pós-Covid19.

É neste contexto, como destaca o representante da APPII, que entra precisamente o investimento imobiliário e, como “provou há muito pouco tempo, conforme referido, ser capaz de ressurgir das cinzas e alavancar toda a economia no período pós-TROIKA, tendo sido competente e responsável por atrair riqueza e capital ao nosso País, quando mais nenhum outro sector o soube fazer. Pois bem, parece que tudo se pode voltar a ter de repetir”.

Tendo em conta todo este cenário, Hugo Santos Ferreira, alerta para que “tudo deve fazer-se para se criar medidas preventivas adequadas, como aliás já foi feito noutros sectores considerados estratégicos, pois pode ser que venhamos, novamente, a precisar dessas mesmas empresas no futuro, como aconteceu aliás num passado recente”. E será nesse futuro, que se aproxima, que “vamos constatar afinal quem é, mais uma vez, um sector estratégico”.

Infelizmente, como refere, “a gravidade e as proporções desta pandemia estão já a paralisar muitas das empresas de promoção e investimento imobiliário, com cortes nas suas receitas, o que provocará um estrangulamento de tesouraria, colocando em risco toda uma fileira que depende quase a 100% destas mesmas empresas (sim a 100%, uma vez que quase não tínhamos investimento público, sendo a larga maioria privado) e que compreende, desde logo, o sector da construção e todos os demais prestadores de serviços que gravitam em torno delas e que delas vivem, colocando assim em risco milhares de postos de trabalho e outros tantos milhões de famílias que dependem desta fileira”.

O dia 4 de Maio marcou o arranque do plano de desconfinamento e, com isso, todos os profissionais do imobiliário anseiam por um regresso à “normalidade” do sector.

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Data: 20/4/2024
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