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Procura de escritórios de Lisboa mantém queda

Procura de escritórios de Lisboa mantém queda

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O mercado de escritórios de Lisboa refletiu no 1º semestre deste ano "uma manutenção de quebra na procura", movimento que se tem vindo a registar neste setor desde 2008, em linha com a crise generalizada no mercado imobiliário e na economia, segundo os últimos dados da consultora imobiliária Cushman & Wakefield.
O mercado de escritórios de Lisboa refletiu no 1º semestre deste ano "uma manutenção de quebra na procura", movimento que se tem vindo a registar neste setor desde 2008, em linha com a crise generalizada no mercado imobiliário e na economia, segundo os últimos dados da consultora imobiliária Cushman & Wakefield.


Entre Janeiro a Junho foram transacionados 36 mil m2 de escritórios, refletindo um ligeiro crescimento face ao 1º semestre de 2011, pouco mais de 6 mil m2, mas retratando ainda assim, segundo assinala a Cushman & Wakefield, um mercado muito pouco ativo, fruto não só do aumento verificado no desemprego, mas também da enorme incerteza que se continua a viver no cenário económico internacional.


"As tomadas de decisão das empresas em relação à opção por novos espaços de escritórios são hoje, na sua maioria, motivadas por uma estratégia de redução de custos, ou mesmo por processos de downsizing em termos de recursos humanos, que em alguns casos conduzem a mudanças de instalações para espaços de menor dimensão", explica a consultora imobiliária.


Os negócios motivados por expansão de áreas ocupadas ou de abertura de novas empresas são muito pouco frequentes no mercado português desde 2008, registando o mercado uma atividade residual que tem provocado um aumento considerável nas taxas de desocupação e uma quebra nos valores de mercado praticados, assinala a consultora imobiliária.


O pico da procura no mercado de escritórios de Lisboa aconteceu justamente em 2008, quando foram transacionados mais de 230 mil m2. Após este ano, salienta a Cushman & Wakefield, as quebras foram uma constante até hoje: na ordem dos 50% em 2009, cerca de 10% em 2010 e 17% em 2011, ano em que se fecharam apenas 88 mil m2 de espaços. No total, de 2008 a 2011 a procura no mercado de escritórios de Lisboa verificou uma quebra acumulada de mais de 60%.


Segundo os dados da Cushman & Wakefield , no 1º semestre de 2012, a taxa de desocupação do mercado de escritórios de Lisboa situava-se nos 12,5%, valor nunca antes registado. A zona 6, Corredor Oeste, foi a localização com uma maior desocupação, tanto em termos percentuais (22%), como em volume, somando-se só nesta zona cerca de 200 mil m2 de escritórios disponíveis, mais de 35% do total disponível na Grande Lisboa.


Em termos de valores de mercado, a renda prime desceu desde os 21€/m2/mês em 2009, para os 18,5€/m2/mês em Junho de 2012, retratando um quebra de cerca de 12% neste período. O Corredor Oeste foi também uma das zonas que mais sentiu esta quebra, registando uma quebra nos valores prime de 15%, passando dos 14€/m2/mês em 2009 para os 12€/m2/mês em 2012.


Segundo Carlos Oliveira, partner e diretor do departamento de escritórios da Cushman & Wakefield, "As perspetivas de fecho de ano em 2012 não apontam ainda para uma inversão desta situação, sendo muito provável que se volte a atingir no final do ano um novo mínimo na procura de escritórios, bem como novos máximos na taxa de desocupação do mercado."
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Data: 20/4/2024
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