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Jorge Garcia, Especialista em Imobiliário

Enquanto os mercados se ajustam aos novos desafios, os “gargalos” teimosamente persistem!

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Portugal é hoje um destino turístico consolidado porque tem conseguido afirmar-se para além de um destino de” sol e mar”. Temos hoje oferta hoteleira diversificada num território de pequena dimensão, dos cinco estrelas às unidades de Alojamento Local.
De acordo com um recente estudo publicado por uma das mais prestigiadas consultoras imobiliárias internacionais a operar em Portugal, um dos segmentos imobiliários mais pujantes no nosso País, é o segmento hoteleiro. Segundo Duarte Morais Soares, líder do departamento hoteleiro dessa consultora, “2019 arrancou com excelentes resultados e deverá estabelecer um novo recorde histórico acima dos 500 milhões de euros, tornando-se numa das classes de ativos mais relevantes”.

Portugal é hoje um destino turístico consolidado porque tem conseguido afirmar-se para além de um destino de” sol e mar”. Temos hoje oferta hoteleira diversificada num território de pequena dimensão, dos cinco estrelas às unidades de Alojamento Local. Distinguimo-nos pela gastronomia, hospitalidade, diversidade paisagística e de monumentos históricos.

“Brexit” particularmente no Algarve e Madeira e o regresso da concorrência mediterrânica trazem novos desafios à indústria hoteleira e turística. Ana Mendes Godinho como o fora Adolfo Mesquita Nunes, é um exemplo de competência política e tem sido incansável no esforço promocional do destino Portugal. Há cinco anos consecutivos que mantemos a liderança como melhor destino de golfe europeu e mundial com uma infra -estrutura de 91 “green´s”.

O recentemente inaugurado terminal de cruzeiros de Lisboa, permitiu em 2018 a escala de centenas de navios e mais de 600.000 passageiros. Mas temos de ter mais ambição. Temos capacidade instalada para sermos um porto de saída e chegada de linhas de cruzeiro. O novo terminal poderá permitir a captação de uma nova procura hotelaria e a entrada num novo segmento de mercado turístico em franco crescimento. Mais do que a criação de uma infra – estrutura essencial, é inegável a valorização urbanística desta zona ribeirinha da cidade. Também num bom exemplo de continuidade, o actual governo manteve a aposta na realização de um grande evento como o “Web Summit”.

Lisboa foi a primeira cidade estrangeira a acolher esta conferência. Para além do fluxo de cerca de 70.000 participantes gerado em 2018, o sucesso da sua organização posicionou Lisboa como capital do maior evento de tecnologia e empreendedorismo da Europa. Segundo o Turismo de Portugal, Portugal ocupa a sétima posição no ranking europeu e o décimo primeiro no ranking mundial, dos países que mais recebe e organiza congressos e convenções. Temos condições invejáveis para crescer neste segmento, nomeadamente capacidade hoteleira, acessibilidades e condições climáticas ímpares.

Precisamos de um espaço com dimensão e logística adequada para continuar a acolher o “Web Summit” e captar outros eventos corporativos e congressos internacionais de igual ou maior dimensão. Recentes notícias deram a conhecer um pretenso “braço de ferro” entre a fundação AIP e a Câmara Municipal de Lisboa quanto ao plano de ampliação da FIL – Parque das Nações, condição exigida pelos organizadores para a extensão do contrato de realização do evento em Lisboa por mais dez anos.

Segundo fontes oficiais o financiamento público estará assegurado pelas comparticipações do Turismo de Portugal, IAPMEI e Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa. Com a ampliação prevista ou com a construção de um espaço de exposições e congressos alternativo de raíz, urge tomar decisões. Daqui a dois anos, vamos receber as Jornadas Mundiais de Juventude, mais um desafio à nossa capacidade de acolhimento de um grande evento global.

O futuro de Portugal não pode continuar à mercê de outros interesses que não sejam o interesse nacional. Também a ampliação do aeroporto internacional de Lisboa (Portela + Montijo) não desenvolve, mantendo-se o impasse. Depois de 17 localizações postas de lado, atingido o record de 29 milhões de passageiros em 2018, continuamos a aguardar o início da obra que demorará três anos a ser concluída.

Resta-nos continuar a melhorar os serviços prestados, a apostar na qualidade e qualificação da nossa oferta. Uma diferenciação pela singularidade, afirmando uma proposta de valor inigualável.

Por último uma nota positiva. Realiza-se no próxima dia 7 de junho, uma cimeira cultural atlântica que procurará reforçar os laços sociais, culturais e económicos entre os arquipélagos da Madeira e de Cabo Verde. Explorar a vantagem competitiva insular atlântica poderá trazer benefícios para ambos. De pequenos gestos se constrói a cooperação lusófona.
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Date: 13/5/2024
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