Maioria das mulheres na UE trabalha em regime de part-time
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Portugal é exceção, sendo que apenas cerca de 10% das mulheres trabalha a tempo parcial, ficando abaixo da média comunitária.
De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, em véspera de celebrações do Dia Mundial da Mulher, que se assinala hoje, dia 8 de março, na maioria dos países europeus, são as mulheres quem mais trabalha a tempo parcial. A diferença face aos homens é superior em certos Estados-membros, com o fosso entre géneros a revelar-se maior ou menor conforme o país. No caso de Portugal, por exemplo, a diferença é menor do que a média comunitária.
Conforme apurou o Eurostat, no terceiro trimestre de 2023 a taxa de mulheres empregadas na União Europeia, com idades entre os 15 e os 64 anos, correspondia a 28%, face à taxa de homens em empregos part-time, correspondente a 8%. Há uma diferença notável entre homens e mulheres no que diz respeito aos empregos em part-time, de 20 pontos percentuais, com todos os setores a apresentarem uma taxa maior nas mulheres do que nos homens.
"As maiores diferenças entre a fatia de mulheres com trabalhos a part-time e a fatia de homens nessa situação foram registadas em ocupações primárias, como ajudantes, pessoal de limpeza e assistentes de preparação de refeições", admite o Eurostat, evidenciando que, nestas atividades, a diferença entre os dois géneros era de 29 pontos percentuais, com 47% das empregadas a trabalhar em regime de part-time sendo mulheres e apenas 19% destes sendo empregados do sexo masculino.
Nos serviços, a disparidade de género no emprego parcial também foi considerável no terceiro trimestre do ano passado, com 35% das mulheres a trabalhar neste regime, face aos 16% de homens. Por outro lado, em posições de gerência, regista-se uma diferença menor, de 10% contra 3%, mulheres face a homens, respetivamente.
No caso português, existe uma menor incidência do trabalho em part-time, quer entre homens, quer entre mulheres e, de acordo com economistas, a justificação está nos baixos salários praticados. Assim, a fatia de mulheres a trabalhar em regime de part-time não chega a 10%, face aos quase 30% da União Europeia, sendo que o número de homens é também inferior.
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