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Investimento da Avenue pode chegar aos €150 milhões nos próximos dois anos

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A promotora imobiliária gastou €100 milhões em sete imóveis, um deles a antiga sede do “Diário de Notícias”, e agora vai iniciar nova ronda de aquisições
Quando se desce a Avenida da Liberdade em Lisboa pelo lado direito e se olha para o imóvel que está mesmo na esquina com a Rua Rosa Araújo é difícil lembrar o que estava lá antes. O que restava do antigo prédio — que já estava em ruínas — foi reabilitado e transformado num edifício com 44 casas de luxo e nove lojas de rua. Mais a baixo, mas do lado esquerdo, junto ao ginásio Holmes Place, onde antes estava um datado edifício de escritórios, está agora a finalizar-se a obra de mais um prédio de habitação de luxo, este mais pequeno, com 16 apartamentos. E mais acima, logo no início da Avenida, do lado esquerdo de quem desce, será a antiga sede do “Diário de Notícias” (“DN”) a dar lugar a mais 32 apartamentos de topo e a uma loja no piso térreo.

O nome Avenue, da promotora que desenvolveu todos estes projetos, está, por isso, muito longe de ser um acaso. Foi precisamente pela Avenida da Liberdade que esta empresa criada em 2015 começou a desenvolver o seu negócio de compra de imóveis devolutos para posterior reabilitação e transformação em habitação. Nos dois anos seguintes alargou a sua área de atividade ao Chiado, também em Lisboa, e depois ao Porto e, agora, são já sete os projetos que tem em diferentes fases de desenvolvimento.

E a ideia não é ficar por aqui. Pelo contrário. “Esta foi a primeira fase de investimento da empresa. Gastámos €100 milhões nestes sete imóveis e agora vamos entrar na segunda fase de aquisição de matéria-prima, que será de 2018 a 2020, e para a qual temos um investimento de mais €100 milhões que poderá chegar a €150 milhões”, conta ao Expresso, o diretor da Avenue, Aniceto Viegas.

Mas desta vez pretendem alargar ainda mais a zona de intervenção, afastando-se do centro da capital e das zonas mais nobres e, consequentemente, diversificar o tipo de projeto que fazem. “Em 2015 sentimos que havia uma dinâmica maior para se fazer habitação para o segmento alto e agora vamos olhar para o mercado de escritórios. É um segmento que a empresa conhece bem e para o qual achamos que haverá procura, porque neste momento não há oferta. Nos últimos anos a opção dos promotores recaiu mais sobre a habitação porque é um produto que dá mais rendimento. Além disso, também gostaríamos de nos posicionar no segmento médio de habitação, porque entendemos que os portugueses estão à procura de casas, mas com preços mais acessíveis”, explica.

“GOSTAMOS DE REMUNERAR BEM AS PESSOAS”
A Avenue pode reforçar o investimento que vai fazer nos próximos dois anos e diversificar o tipo de imóvel que vai reabilitar, mas há algo que não muda: a dimensão das reabilitações que querem fazer. “Não temos muito perfil para projetos pequenos e não tem tanto a ver com os preços de compra, mas sim com os rendimentos. Temos uma equipa qualificada e gostamos de remunerar bem as pessoas e projetos grandes dão mais rendimento”, diz.

Este será o grande desafio da Avenue para esta segunda fase de investimento em que pretende apostar noutro tipo de projeto sem ser a habitação de luxo. “O preço de venda do imóvel pesa muito neste negócio e, neste momento, quem vende está a pedir muito e já corre o risco de não conseguir vender. O preço por metro quadrado destes prédios dependem de muitos fatores, como o estado de conservação, se tem uma estrutura de betão, se tem vista ou se tem lojas no rés do chão”, explica.

De facto, a maioria dos sete projetos em desenvolvimento tiveram todos um custo de compra acima dos €10 milhões. Por exemplo, o da Avenida da Liberdade com a esquina da Rua Rosa Araújo — que foi o primeiro que fez — custou €32 milhões. O Liberdade 40, junto ao Holmes Place, custou €11 milhões e a antiga sede do “DN” foi comprada por €20 milhões. “Para rentabilizar isto teve de se fazer habitação de topo”, nota o diretor da empresa.

Mas Aniceto Viegas está confiante de que vai encontrar ativos para desenvolver porque, diz, “Lisboa é grande e ainda tem muito para fazer. Há muitos prédios em mau estado e mesmo os prédios ocupados são uma opção porque a ocupação é dinâmica. Além disso, nem tudo tem de ser de luxo”.
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Data: 2/6/2025
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