App SUPERCASA
Discover your new home
Open
Norte vende mais casas e lidera o mercado português

Norte vende mais casas e lidera o mercado português

Share article Print
A região Norte vende mais casas em Portugal, destacando-se pelo volume de transações, apesar de Lisboa e Algarve terem preços médios mais elevados.
O mercado imobiliário português tem vindo a apresentar mudanças significativas nos últimos anos, com destaque para a Região Norte, que consolidou a sua posição como principal polo de vendas de casas. Dados recentes indicam que, no segundo trimestre deste ano, cerca de um terço das casas vendidas em Portugal encontravam-se nesta região, demonstrando um crescimento sustentado que coloca o Norte à frente de outras regiões tradicionalmente muito procuradas, como a Grande Lisboa e o Algarve.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), foram comercializados 42.889 alojamentos familiares em Portugal durante este período, dos quais 12.955 se localizam na Região Norte. Este valor representa aproximadamente 30% do total de transações, evidenciando a importância crescente do Norte no panorama habitacional nacional. Entre todas as regiões administrativas, o Norte registou o crescimento mais expressivo, com um aumento de 18% face ao mesmo período do ano anterior, acima da média nacional de 16%.

A distribuição regional das vendas revela contrastes notáveis. A Grande Lisboa surge na segunda posição, com 19% das transações, seguida do Centro com 16%. Outras áreas como a Península de Setúbal (10%), Oeste e Vale do Tejo (9%), Algarve (8%), Alentejo (5%), Açores (2%) e Madeira (2%) completam o panorama. Embora Lisboa continue a ser relevante, o dinamismo imobiliário começa a dispersar-se, com o Norte a captar cada vez mais a atenção de compradores nacionais. A única exceção a este crescimento foi a Madeira, que registou uma ligeira queda de 5% no número de casas vendidas, enquanto as restantes regiões apresentaram aumentos entre 11% e 16%.

O volume financeiro das transações confirma a relevância económica destas operações. No segundo trimestre, o total de negócios ascendeu a 10.270 milhões de euros. A Grande Lisboa concentrou 31% deste valor, seguida do Norte com 26% e do Algarve com 11%. Este cenário demonstra que, embora o Norte venda mais casas, Lisboa mantém os preços mais elevados, o que se traduz num maior impacto financeiro global. O preço médio nacional das casas situou-se em 239 mil euros, com disparidades claras entre regiões: Grande Lisboa (385 mil €), Algarve (361 mil €), Madeira (275 mil €), Península de Setúbal (246 mil €), Norte (207 mil €), Açores (186 mil €), Oeste e Vale do Tejo (174 mil €), Centro (140 mil €) e Alentejo (125 mil €). Estes números revelam que, apesar de liderar em vendas, a Região Norte continua a oferecer habitação mais acessível.

Outro fator determinante no aumento das vendas é a expansão da procura para as periferias das grandes cidades. Muitos compradores, sobretudo jovens e famílias de rendimentos médios, têm-se deslocado para municípios vizinhos, aproveitando preços mais acessíveis e maior qualidade de vida fora dos centros urbanos tradicionais. Esta procura elevou rapidamente o valor dos imóveis nestas zonas, tornando-as áreas de forte valorização e procura crescente.

Paralelamente, os processos de reabilitação urbana têm impulsionado a oferta. Investidores individuais têm adquirido casas para renovar e colocar novamente no mercado, aumentando a atratividade destas áreas e contribuindo para a valorização das periferias. Estes movimentos têm impacto direto nos números do INE e reforçam o papel do Norte como polo de crescimento imobiliário.

O mercado também evidencia uma diminuição do peso dos investidores estrangeiros, com o protagonismo a passar para compradores nacionais, especialmente famílias portuguesas que procuram habitação ou investimento seguro. Esta alteração contribui para uma maior estabilidade e sustentabilidade do mercado residencial na região Norte.

Em termos de perspetivas, tudo indica que a tendência de crescimento se manterá. O equilíbrio entre preços relativamente mais acessíveis e elevada procura torna o Norte uma escolha atrativa tanto para quem procura a primeira habitação como para quem investe em imóveis com potencial de valorização futura. A centralidade das periferias e os projetos de reabilitação urbana continuarão a criar novas oportunidades de compra e venda em todo o território.

O facto de o Norte vender mais casas sublinha a vitalidade desta região e demonstra uma mudança estrutural no mercado imobiliário português. Apesar de Lisboa e Algarve apresentarem preços médios mais elevados, a Região Norte destaca-se pelo volume de vendas e pela capacidade de atrair compradores, consolidando o seu papel como um dos principais motores do mercado habitacional nacional.
Related News
Comment
The comments are always subject to previous approval. Comments that are offensive, defamatory, slanderous, discriminatory, and inadequate to the text that is being commented on, will not be placed online.
Date: 9/10/2025
Frequence: Daily
Editions: Free
Editor's Picks read more ›
Agenda read more ›